quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Soneto
Coração me corroendo, sacro verme
Em meio às ruínas salva nossas almas.
Mesmo gostando quando tu me chamas
Piedade, te suplico que deixe-me.
Anjo, sua graça sobre mim derrame
Gravando no meu peito santos traumas
Que eu me entregue a seus pés só tu me clamas
Gavião que arrebata, Ó, prenda-me!
Tão hipnótica quanto a luz do luar
Por que coisa tão pura me faz sofrer
Se uma das coisas mais simples é amar?
Tão perigosa quanto o vasto mar
Quem é dono da essência da mulher
Se ter olhos abertos é só sonhar?
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